Na desembocadura da Lagoa dos Patos, dois quebra-mares protegem da ação das ondas e do assoreamento natural a barra do canal que dá acesso ao ambiente estuarino. Com exceção de Torres no extremo norte gaúcho, os molhes da barra de Rio Grande são as únicas estruturas rochosas de grande dimensão ao longo de toda costa gaúcha, e apresentam um papel fundamental na ecologia de diversas espécies, pois essas estruturas oferecem proteção e estrutura para fixação de comunidades, assim como possíveis tocas. Com construção inicial em 1911, os molhes leste e oeste possuem más de 4.000 metros.
Além da importância ecológica, os molhes também possuem importância econômica, tanto como fonte de recursos pesqueiros artesanais como para o turismo na região, com as tradicionais vagonetas movidas à vela, que levam os visitantes em um passeio ‘mar adentro’ através de trilhos de trem sobre a muralha de pedras.